Mulheres casadas ganham a vida como acompanhantes de luxo

Muitas mulheres veem na prostituição uma grande oportunidade para realização de sonhos que muitas vezes seriam difíceis de alcançar em empregos socialmente aceitos devido aos altos custos.

O número de mulheres fazendo do sexo sua profissão tem aumentado em função do desemprego e da crise econômica.

Para manter os boletos em dia e conseguir realizar o sonho de concluir uma faculdade, comprar um carro, comprar um apartamento e até mesmo mimos como aquele moderno smartphone, joias e cuidados com o corpo, como cirurgias e procedimentos estéticos fazem do sexo sua profissão.

Para manterem uma vida dupla, precisam inventar nomes de trabalho, criam desculpas para explicar mudanças na rotina, enfrentam dilemas cotidianos para esconder o segredo da família e dos namorados ou maridos.

Como acompanhantes de alto nível elas recebem o suficiente para causar inveja nos trabalhadores assalariados.

Já falamos aqui no blog quanto ganha uma acompanhante de luxo.

Joyce Silas (nome fictício) casada há três anos conta que trabalhava como gerente em uma loja de shopping, e ajudava com dificuldade nas despesas de casa, mas que em 2019 foi demitida.

Segundo Joyce, ela era muito cortejada por clientes e isso despertou nela a ideia de lucrar com seu corpo, e investiu na carreira de acompanhante de luxo.

Em um ano, ela consegue não só ajudar novamente nas despesas da casa, pagando inclusive a faculdade da filha como trocou de carro, e está prestes e comprar um segundo imóvel.

Para o marido, ela conta que trabalha como vendedora e passa todo horário que estaria na loja em um apartamento alugado em bairro nobre para atender seus clientes.

Também conversamos com a jovem, que usa o nome fictício de Adriana, casada há um ano e formada em administração também ganha a vida como garota de programa de luxo.

Adriana é acompanhante há 4 anos, e começou trabalhar como garota de programa para custear sua faculdade.

“Como administradora em início de carreira não teria a renda que tenho hoje, e não conseguiria honrar com meus compromissos financeiros assumidos… é uma coisa que vicia, porque o cachê é alto!”

Diferente do que muitos imaginam, a profissional vive um relacionamento normal há um ano e, segundo Adriana, o amado não se incomoda com o trabalho dela.

O marido, comerciante na cidade, conheceu Adriana através de seu anúncio no site Ilha do Prazer e se apaixonou. Ela aceitou seu pedido de casamento desde que ele à permitisse continuar com seu trabalho. Eles trocaram às alianças em fevereiro de 2019.

“Ele só pede para eu não me envolver afetivamente com os clientes.”

Larissa (nome fictício), que já trabalhou em um dos mais tradicionais hospitais da Serra, concilia os estudos acadêmicos com programas regulares.

Ela conta que seus seguidores do instagram jamais desconfiam que ela seja uma acompanhante. Na rede ela posta fotos com a família e frases religiosas. Estes posts ajudam reforçar a imagem de menina recatada e exemplar e afugentar qualquer suspeita sobre as atividades que exerce.

“Eu sou totalmente diferente da ideia que as pessoas fazem de uma garota de programa. Saio na rua e ninguém desconfia que eu possa ser uma, pelo jeito que eu me visto, converso. Chovem garotas de programa por aí e ninguém desconfia. É impossível hoje tu apontar e dizer quem é” – garante.

Prostituição não é crime

A pessoa que se prostitui não está cometendo crime, pois se trata de uma “troca” voluntária de favores sexuais mediante recompensa financeira.

“Explorar a prostituição é crime”

Porém, a exploração da prostituição é crime, chamado rufianismo, com pena de um a quatro anos de prisão e multa.

O Glamour e o medo caminham juntos.

Em um final de semana passam acompanhanhando clientes em feiras, restaurantes e hotéis luxuosos regado à espumantes caríssimos e alta gastronomia com empresários e turistas endinheirados.

E ao mesmo tempo sofrem com o medo de vir à tona na cidade onde cresceu sua vida paralela, sofrendo em alguns casos ameaças de clientes que porventura conhecem sua família, namorados ou maridos.