Covid-19 causa diminuição do pênis e impotência?

A Covid-19 ainda é uma doença nova que não tem todas as suas possíveis sequelas em longo prazo conhecidas. 

Um estudo realizado pela plataforma MedRxiv causou preocupação por indicar a diminuição no órgão genital masculino como uma das possíveis sequelas da Covid-19.

A pesquisa foi realizada de forma online baseada nas opiniões dos homens e, por isso, não tem comprovação científica de que tal sequela é verdadeira ou não, pois é considerada apenas uma hipótese. 

Um total de 3.762 pacientes (de 56 países diferentes) infectados com a COVID-19 foram ouvidos e 3% relataram ter percebido uma diminuição no tamanho do pênis. Além disso, 15% tiveram algum tipo de disfunção sexual e 11% sentiram dor nos testículos.

No caso das mulheres, 26% indicaram irregularidade no ciclo menstrual e 8% reclamaram de alguma disfunção sexual.

No total, das 3.762 pessoas do estudo, 19,1% se classificaram como homens, 78.9% como mulheres e 1.7% como gênero não binário.

Tudo o que tange a sexualidade, sexo e genitália masculina tem um fator psicológico muito forte envolvido e muito subjetivo também.

Em entrevista à EBC, o urologista Diogo Mendes, diretor do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal e diretor de Comunicação e Divulgação da Associação Médica de Brasília (AMBr), ressaltou que a doença pode sim alterar o desejo sexual e afetar a sustentação da ereção, pois são alterações funcionais.

Os problemas em relação aos órgãos reprodutores, entretanto, ficaram atrás das sequelas gerais relatadas pelo estudo. A maior reclamação foi em relação à fadiga: 77% (entre idade de 40 a 49 anos) das pessoas estudadas citaram o cansaço como a principal sequela.

O mal-estar após esforço físico fica em segundo lugar de reclamação geral, com 72,2% dos envolvidos no estudo (entre 40 a 49 anos) citando o problema. Por fim, a disfunção cognitiva fecha as três principais sequelas relatadas após a infecção de covid, com 55,4 % de reclamação (dos envolvidos no estudo com 40 a 49 anos).

O estudo é realizado pelos pesquisadores Hannah E Davis, Gina S Assaf, Lisa McCorkell, Hannah Wei, Ryan J Low, Yochai Reem, Signe Redfield, Jared P Austin e Athena Akrami e foi publicado pela revista científica MedRxiv no ultimo 27 de dezembro.