Pegging ou simplesmente inversão de papéis

Inversão de papéis

O termo pegging para nomear o ato da inversão de papéis no sexo foi criado em 2001 pelo colunista de sexo norte-americano Dan Savage. Ao contrário do nome dado para outros comportamentos sexuais, pegging não possui tradução ao pé da letra ou um significado específico.

Uma pesquisa com mais de 4.000 usuários da rede social Sexlog revelou que 43% já praticaram a inversão e 54% têm vontade de experimentar.

Apesar de alguns acharem que se trata de um fetiche incomum, apenas 3% dos participantes não demonstra interesse.

No pegging, a troca de papéis acontece por meio de um acessório chamado strap on, que também é conhecido como cinta peniana ou “cintaralha”.

Trata-se, como o próprio nome sugere, de uma cinta com um consolo acoplado. A mulher veste e penetra o parceiro na posição que preferirem. No mercado, há diversas opções de cores, tamanhos e texturas.

Na prática, o homem é penetrado pela mulher que usa a cinta peniana, que tem um pênis artificial acoplado, o fetiche faz parte da vida de casais heterossexuais que buscam novas sensações sexuais.

Não comece com o pegging

Mesmo que seja tentador, não aconselhamos iniciar já com o uso da cinta peniana.

A maioria dos homens precisam ainda desconstruir alguns pensamentos, e pular etapas pode tornar o que seria prazeroso em uma experiência traumática.

Após o homem conseguir dissociar o prazer da orientação sexual, ele consegue deixar abertura para o início de uma interação, descobrindo cada vez mais a própria sexualidade e diversas formas de prazer.

Comece com o beijo grego, dedos, e aos poucos vai evoluindo até chegarem ao strap-on.

Conversamos com um casal praticante da inversão de papéis.

Segundo Lívia, a relação do casal melhorou muito depois da prática, tanto no sexo, como até mesmo na confiança para tratar assuntos relacionados.

Lívia conta que era um tabu este assunto, até que um dia ela resolveu contar para o Reinaldo seu fetiche de penetrá-lo. Apesar da resistência inicial, acabaram assistindo vídeos e se informando mais sobre o assunto e decidiram experimentar.

Iniciaram com pequenos vibradores e dedos até chegar no ponto da cinta peniana.

Reinaldo acha que o machismo faz com que os casais não iniciem a prática.

Ele afirma que quando se libertou, com a penetração de plugs, dedos e muito beijo grego o sexo está cada vez mais intenso.

“Consigo ter ereções logo após ejacular, algo que antes não conseguia. O ânus é um ponto sensível e faz o prazer durar mais.

Mudou a minha vida sexual, pois nunca tinha imaginado sentir prazer e ter orgasmo sem ao menos tocar o pênis.”

De acordo com o terapeuta sexual André Almeida “O ânus é uma área muito erógena, ainda mais por conta da próstata, que é acessada por ele e conhecida como ponto G masculino.”

Gostar de ser penetrado por uma mulher ou sentir prazer anal não faz de um homem, homossexual, mas sim a atração sexual e afetiva pelo mesmo gênero.

Uma opção é iniciar com quem tem experiência na prática, que tal procurar uma profissional do sexo?